A BOSSA
Quando eu comecei a BOSSA em 2019 (na época Artí.zez Macramê), eu não tinha muita idéia do que eu estava fazendo, ou do que isso se tornaria. Eu não tinha um plano ou uma estratégia, só uma criatividade latente e vontade de algo novo.
A criatividade é uma coisa curiosa! Não é que eu não fosse criativa antes. Eu era. Já tinha me aventurado pelo bordado, costura, pintura, marcenaria. Mas estava cada vez mais raro usar minha criatividade nesse tipo de coisa. Estava muito imersa no mundo acadêmico e no meu doutorado, e a minha criatividade ia inteira para a escrita dos artigos e experimentos (porque gente, para escrever artigo cientifico, além dos dados, tem que ter uma baita criatividade viu).
Porem, esse mundo acadêmico estava me deixando muito cansada e cheia de dúvidas sobre que rumo tomar na vida. Em um belo domingo, me lembrei de umas latas de tinta a muito tempo escondidas no armário. Pintei uma mandala. Ali se abriu um portal de sentimentos. Muita coisa vindo a tona, mas a mais gritante era: “Isso é mesmo que você quer fazer da sua vida, Mariana?”.
Nessa época descobri o macramê. Me apaixonei. Dar nós parecia fazer muito mais sentido naquele momento do que qualquer outra coisa. Um painel aqui, um suporte de plantas ali, e as pessoas começaram a gostar. Resolvi oficializar então. Busquei um nome, fiz um Instagram, tirei umas fotos.. não sabia muito bem o que estava fazendo. Mas quando se faz algo com amor, as coisas tendem a crescer!
As vezes ainda me pergunto: “Que diabos você está fazendo, Mariana?”. Eu ainda não sei e acho que nunca terei certeza. Mas sabe de uma coisa… permanecer em algo somente pelo MEDO de mudar ou não conseguir fazer algo que se ama me parece sabotagem de si mesmo. No final, a BOSSA me ensinou a ser corajosa.