Quero abrir meu coração

Quero abrir meu coração neste post.

Você com certeza já ouviu falar no poder de cura da arte. Mas não é só por conta do trabalho manual. Não é somente uma questão de relaxamento, de entrar em alfa durante o processo, de ocupar o tempo com um afazer. Vai muito alem disso.

O trabalho manual me trouxe muito medo e muita dor. O medo de não ser boa o suficiente. Das pessoas nas gostarem de mim e do meu trabalho.
E esse meu medo me trouxe a dor dos meus próprios julgamentos. Uma Mariana impetuosa que vive dentro de mim que me apontou vários dedos… até chegar até aqui.

Há alguns meses atrás, eu pensei seriamente em desistir. Tem tanta gente aí melhor do que eu, maior do que eu. Já estava tudo tão difícil e eu não tinha nem um terço do que eu gostaria de ter, do que eu gostaria de ser.
Desaminei! E no desânimo, me afastei.

Mal sabia eu que o meu afastamento era o que me traria força e brilho nos olhos novamente.
Percebi que quanto mais perto daquilo que era o comum, o esperado, o medíocre, “faz qualquer coisa que tá bom”, mais longe eu ficava me mim mesma.

Hoje percebo uma vontade latente dentro de mim gritando pela liberdade. A vontade de criar livremente. Fazer aquilo que eu quero fazer, sem me preocupar com o olhar do outro, com a régua do outro. E principalmente, aquela régua da Mariana impetuosa que vive dentro mim.

Então sim, a arte é cura! Mais ela cura através do contato com seus medos e imperfeições. Se você tiver coragem de olhar, te prometo que vai ser lindo!

Estou curada? Nem um pouco! Mas já entendi qual caminho eu quero seguir. Já é um bom começo!

Espero que minha arte transpareça isso daqui pra frente! É isso que quero dar a vocês que escolheram estar aqui comigo! ❤️